Ex-seguidora de líder de seita apocalíptica preso por estelionato afirma que continua acreditando em seus ensinamentos

Ex-seguidora de líder de seita apocalíptica preso por estelionato afirma que continua acreditando em seus ensinamentos
Avatar de Dan MartinsPor Dan Martins em 11 de novembro de 2012 
No último dia 12 de outubro o vigilante Luís Pereira dos Santos, conhecido com o “profeta”, foi preso pela polícia do Piauí sob acusação de estelionato. Ele afirmava que o mundo acabaria naquele dia e reuniu mais de 120 pessoas no local onde realizava suas reuniões religiosas para aguardar o cumprimento da profecia.
A reunião acabou com a prisão de Santos, que foi acusado de manter as instalações da seita, conhecida como “arca”, com recursos dos fiéis que arregimentou à sua crença.
Mas mesmo com sua prisão, seguidores ainda se reúnem sob seus ensinamentos, como a dona Francisca da Conceição Pereira, 38 anos, que não deixou de acreditar nos “ensinamentos” passados pelo homem. Ela, mesmo sem saber do paradeiro do líder religioso, continua frequentando o local para visitar os “irmãos” que lá permanecem.
- Eu o vi até antes dele ser levado pela polícia. Os visitantes de antes continuam indo lá. Todos nos tornamos irmãos e aprendemos a amar ao próximo. Sofri apedrejamento, naquele dia, mas não senti medo em momento algum. Ele [Luís] disse que Deus estava comigo e a gente não estava fazendo nada de errado – afirmou Francisca, que levou os filhos, genro e a mãe para frequentar as reuniões na “arca”.
Segundo ela, a data tida pela seita como fim do mundo marcou apenas o fim da missão do “profeta”. Ela afirma ainda que os seguidores acreditam que melhoraram como pessoa depois que conheceram o líder da seita.
- Antes eu me zangava quando alguém chegava falando mal de mim. Hoje, eu aprendi a amar o meu próximo. Melhorei muito. Fui transformada. Quando eu conheci ele, morreu a Francisca velha e nasceu uma nova Francisca – explicou a senhora que, perguntada se contribuiu financeiramente com a “arca” negou e ainda criticou outras religiões, segundo o site de notícias local Cidade Verde.
- Não vendi nada. Não sei. Nunca nem ouvi falar. Não tem prova de nada disso. Quem tem boca e é do mal diz para ofender quem é do bem. Quando eu ia para a igreja do mundo tinha que dar R$ 100 e se eu botasse uma moeda porque não tinha dinheiro não pudia. Ele vendeu foi moto, casa para dar de comer a todo mundo que morava lá – defendeu.
Veja reportagem onde dona Francisca fala sobre a seita:
Por Dan Martins, para o Gospel+

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