Líderes cristãos condenam lançamento de “super-heróis gays”
Editoras como DC e Marvel já tiraram do armário heróis famosos e desconhecidos
Personagens de história em quadrinhos nem sempre retrataram as minorias. No Brasil, a “Turma da Mônica” já conta com personagens como o cadeirante Luca e a cega Dorinha.
Quando a editora Marvel publicou uma revista sobre um Homem-Aranha “alternativo”, negro e descendente de latinos, muitos fãs torceram o nariz. Mas a revista foi um sucesso de vendas, indicando que o assunto desperta interesse.
Quando a editora Marvel publicou uma revista sobre um Homem-Aranha “alternativo”, negro e descendente de latinos, muitos fãs torceram o nariz. Mas a revista foi um sucesso de vendas, indicando que o assunto desperta interesse.
O “evento do ano” ocorreu em meio à polêmica sobre o apoio do presidente Obama à legalização do casamento gay. O quadrinista John Byrne criou o Estrela Polar em 1979, então integrante do grupo canadense Tropa Alfa. Desde então ele queria revelar a homossexualidade do personagem, mas os editores na época não permitiram.
Somente em 1992, Estrela Polar revelou sua homossexualidade, mas não havia um namorado em questão. Dez anos depois, em 2002, os primeiros personagens gays se casaram nos quadrinhos. Apollo e Midnighter fizeram a cerimônia na revista “The Authority”, publicada pela Wildstorm, um selo da DC Comics.
De lá para cá, vários heróis e também vilões dos quadrinhos revelaram sua opção sexual. Desde Kate Kane, a Batwoman da DC, até Hulkling e Wiccan, da Marvel. Axel Alonso, atual editor-chefe da editora, explica: “o universo Marvel sempre refletiu o mundo real, por isso procuramos manter nossos personagens, suas relações e histórias próximos da realidade”.
Esses anúncios sobre a sexualidade dos super-heróis têm gerado revolta em grupos cristãos. Na semana passada, algumas associações conservadoras fizeram uma campanha para que a DC cancelasse a revelação.
Já Glenn Stanton, diretor de estudos sobre formação da família do ministério Focus on the Family, disse que é “vergonhoso impor esta questão sobre as crianças. O que é realmente perturbador é a arrogância desses criadores de histórias em quadrinhos e desenhos animados que pensam que seu trabalho não é só para entreter. Eles querem doutrinar, pregar para nós. Nós vamos à igreja para ouvir uma pregação, não esperamos isso dos quadrinhos”. Ele também acredita que é um conceito político. “Essas revistas em quadrinhos não são apenas para diversão, são formas de ativismo social”, afirma Stanton.
Com informações de One New Snow
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